14 setembro 2009

Ossos negros

Procuro na escuridão o meu bem estar
É calmo é aconchegante é convidativo
Sinto as costelas o sangue o coração
Tudo parece ter mudado de ritmo

Reconheço meu lugar dentro da sombra
No espelho olho e não me vejo
Apenas carne e cabelo tentando me esconder
No escuro meu reflexo me conforta
Nada vejo nada sinto

A aura de sangue sombra e mistério me cerca
Encantado, começo a aproveitar
Eu mesmo! Finalmente
Ira maldade e frieza, tudo a tona

O êxtase invade meu espírito
E logo eu quero invadir também
Chave escondida, arrombamento... Nunca descobrirão
Em seu sagrado lar estive
Levei sangue sombra e excitação

A poucos metros de mim
Família cansada e indefesa
Se eu quiser, o que eu quiser
Não foi por isso que eu vim

O frenesi sobrepõe-se, mas tem fim
Não há sangue. Há sombra
Rompeu-se a combinação perfeita
Sinto-me diferente, estou ausente e presente
Recolhida a personalidade outra acorda
Ligue a luz! Quero me ver



*Encontrei o papel quase sem pontuação, achei melhor não mudar

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